A crise económica e
financeira que vivemos na Europa deu origem a consequências incontornáveis, que
afeta a sociedade em geral e em particular as pessoas mais desfavorecidas. As
empresas, como geradoras de emprego e contributo de riqueza, são responsáveis
pelo contributo positivo na sociedade local.
Devido ao rápido crescimento tecnológico e do negócio à
escala global, as empresas começaram a ser vistas como o “driver da sustentabilidade”, pelos seus impactos no ambiente, na
sociedade e na própria economia (Santos et
al, 2008).
Michael Hopkins apresenta uma análise crítica sobre evolução
do conceito de responsabilidade social e do comprometimento que as empresas
devem ter em cooperação com o Estado, no seu livro The PlanetaryBargain: CSR Matters. E refere que esta “nova”
responsabilidade exigida ao sector privado, deve-se em parte “dos governos terem falhado, à escala mundial, a salvaguarda dos
cidadãos pobres” (Santos et al, 2008: 87-90). Para este autor, a queda do
muro de Berlim e mais recentemente o 11 de Setembro, originou uma maior
preocupação com a responsabilidade para com a sociedade, mas o grande impulso
a nível empresarial foi a afirmação, em 2002, do presidente da Goldman Sachs, Henry M. Paulson Jr.:
“Não me ocorre na memória nenhuma época
no passado em que o mundo dos negócios em geral, tenha tido pior reputação”.
É difícil manter o equilíbrio entre os três indicadores do
desenvolvimento sustentável, na medida em que o facto de dar mais relevo aos
acionistas e ao fator económico, dá origem à negligência em fatores
socio-ambientais (Carvalho et al.,2011).
Contudo, atualmente está a ser
feito um grande esforço a nível mundial para combater as barreiras económicas.
Esta mudança de mentalidades não é imediata porque os
gestores agem de acordo com as suas crenças e valores:
“Neste sistema de
crenças e valores, inclui-se também a visão pessoal do papel que as empresas
desempenham na sociedade, das responsabilidades que lhes competem e das
prioridades que devem ser respeitadas no cumprimento destas responsabilidades. (Almeida, 2010).
Este sistema de crenças e valores associados à ética de
responsabilidade social é essencial, para acrescentar valor à empresa
ultrapassando desafios tecnológicos e ambientas, na medida em que a responsabilidade
social não existe sem ética nos negócios (Carvalho et al, 2011).